— George, na verdade eu...
— George! — Eu mal havia começado a falar, quando, de repente, uma voz suave e delicada soou atrás dele.
Meu corpo ficou paralisado na hora, e toda a emoção que surgiu no meu peito desapareceu no mesmo instante. Sorri com amargura para mim mesma.
"Como pude me esquecer... Que Mariana ainda existia? Eu quase me deixei levar pela voz grave e envolvente de George, a ponto de quase abrir meu coração para ele."
George continuava a me encarar com intensidade.
Empurrei levemente seu peito e o avisei em voz baixa:
— A Srta. Mariana chegou.
— Valentina! — George franziu a testa, insistente. — Primeiro, me responda a pergunta que eu fiz!
— E o que você quer ouvir?
Ergui os olhos para fitá-lo. Nossos olhares se cruzaram. Os olhos dele estavam escuros e intensos, até que, aos poucos, uma frieza começou a se formar neles.
— O que você quer dizer com isso?
Abaixei os olhos e respondi com indiferença:
— Nada demais. Só estou dizendo que, se o Presidente George quiser ouvir