Enquanto falava, o celular de Gabriel de repente também tocou. Ele deu uma olhada no aparelho e riu discretamente para mim:
— Olha só, você não atendeu, agora aquele homem está me ligando.
Ele atendeu a ligação e ainda fez questão de colocar no viva-voz.
— Já pegou a pessoa? — Era a voz do George. O tom não estava nada bom, como se ele segurasse uma raiva contida.
Gabriel riu alto:
— Já peguei, está sentada aqui do meu lado. Quer que ela atenda?
— Não precisa! — O homem respondeu friamente e desligou o telefone logo em seguida.
Gabriel soltou uma gargalhada:
— Vocês dois... Que temperamento, hein? Foram mesmo feitos um para o outro, idênticos.
Me reclinei contra o encosto da cadeira e fechei os olhos, sem muita vontade de conversar.
Menos de uma hora depois, o carro parou em frente a um hotel de luxo, Gabriel me entregou o cartão do quarto e a mala:
— Vigésimo andar. O número do quarto está no cartão. Pode subir sozinha, está bem? Tenho que ir encontrar o George.
— Tudo bem. — Peguei o