Parecia que George ainda suspeitava que tinha sido eu quem ligou para Clara há pouco.
De fato, aquele homem não era nada fácil de enganar.
Eu olhei para o telefone tocando sem parar, mas simplesmente não tive coragem de atender.
Eu estava especialmente assustada de ouvir, naquele momento, a voz sombria dele.
Desde o início, eu já tinha medo dele. Se ele me ameaçasse mais uma vez, era bem provável que eu me assustasse tanto que acabaria voltando obedientemente.
Por isso, de qualquer forma, decidi não atender à ligação. Que ele ficasse irritado do outro lado, eu não iria me importar.
Enquanto eu não atendia ao telefone dele, não ouvia suas ameaças e, assim, não sentia medo.
Pensando nisso, coloquei o celular no modo silencioso e o joguei de lado.
Não soube quanto tempo se passou até que, finalmente, a tela do celular se apagou.
Peguei o aparelho e dei uma olhada.
Meu Deus, aquele homem tinha me ligado oito vezes seguidas.
Mesmo através do celular, eu conseguia sentir profundamente a assu