Lilian se apressou a dizer a Michel:
— Leva essa mulher imediatamente para o quarto, vou ver o que está acontecendo.
— Certo, certo...
Michel cobriu minha boca com uma das mãos e, com a outra, me tirou do sofá.
Aproveitei a oportunidade e mordi com força o braço dele.
Michel gritou de dor e me empurrou bruscamente.
Corri até a porta e gritei:
— Socorro! Por favor, me ajudem, por favor, me salvem...
— Sua vadia, vou te matar agora! — Lilian, ao ver a cena, correu para me bater.
Eu desviei enquanto gritava desesperadamente por socorro.
Temia que a pessoa do outro lado da porta se afastasse de novo.
Michel também correu para me segurar.
No momento em que taparam minha boca e imobilizaram minhas mãos, se ouviu um estrondo: a porta foi violentamente arrombada.
Michel, Lilian e eu olhamos ao mesmo tempo para a porta.
Ali, parado na soleira, estava George, exalando uma frieza implacável.
Naquele instante, meu coração estremeceu violentamente e as lágrimas começaram a jorrar, incontroláveis.
—