Ela dirigiu até o aconchegante apartamento de Amélia. Cada curva, cada semáforo, a levava para mais perto de um porto seguro. Quando parou em frente ao prédio, as mãos ainda tremiam. A porta se abriu antes mesmo que ela tocasse a campainha, revelando o rosto preocupado de Amélia. Sem dizer uma palavra, ela abriu os braços, e Isabel se jogou neles. Foi um abraço apertado e caloroso, um refúgio silencioso onde as lágrimas, antes contidas, finalmente puderam vir. Soluços silenciosos sacudiram o corpo de Isabel, e Amélia apenas a segurou, embalando-a suavemente, sem perguntas, sem conselhos, apenas a presença reconfortante de uma amizade verdadeira. Ficaram assim por um longo tempo, até que a intensidade do choro de Isabel diminuiu para soluços esporádicos.
Amélia, com sua calma habitual nessas situações, a guiou até a cozinha. A mesa estava posta com um cuidado e carinho evidentes: pães fresquinhos, frutas coloridas, café quente e um bolo caseiro.
_ Minha avó sempre dizia que um est