A luz suave do amanhecer de Porto Cristal filtrava pelas cortinas semiabertas do quarto de Patrick, pintando o ambiente com tons de cinza e rosa. Isabel estava aninhada ao lado dele, a cabeça apoiada em seu ombro, a respiração calma e ritmada. O braço de Patrick estava envolto em sua cintura, um gesto de intimidade que nenhum dos dois esperava, mas que se tornou a realidade daquela manhã. O silêncio era preenchido apenas pelo som suave da brisa marinha e os batimentos cardíacos lentos de ambos. De repente, um som insistente rasgou a quietude: o telefone tocando na mesa de cabeceira. Uma, duas, três vezes. Ambos se mexeram, o sono pesado sendo gradualmente afastado pela persistência do aparelho. Patrick resmungou, esticando o braço para alcançar o telefone. Isabel se acomodou no travesseiro ao lado. Seus olhos azuis, um pouco pesados de sono.
_ Alô?, a voz de Patrick soou um pouco rouca.
Do outro lado, a voz sempre profissional de Gerald, mas com um toque de urgência, ecoou pelo qu