Selene
A tenda de guerra estava cheia. O ar cheirava a ferro, suor e tensão. O mapa do vale estava aberto sobre a mesa principal, as velas tremendo com o vento frio que entrava pelas aberturas do tecido.
Eu observava os rostos ao redor… generais, anciãos, capitães e batedores. Nenhum deles ousava falar alto. Todos sabiam o que tínhamos acabado de descobrir, a armadilha de Kaleb poderia ter acabado com todos nós.
Damian foi o primeiro a quebrar o silêncio.
— Ele sabia que estávamos vindo. — falou, a voz grave — Estava preparado pra um massacre.
Damon, de pé ao lado, cruzou os braços.
— Só que falhou. — falou, olhando pra mim — Porque ela sentiu antes de qualquer farejador.
Alguns generais desviaram o olhar, outros concordaram com respeito. Eu respirei fundo. Sabia que aquele era o momento. Não pra pedir, mas pra decidir.
— Kaleb quer que a gente recue. — falei, firme — Ele quer nos empurrar pro medo. Então vamos dar a ele o que quer… mas do nosso jeito.
Damian arqueou uma sobrancelha.