Damon
O toque é leve, mas é toque. Eu rio, aberto, inteiro. Selvagem. A noite inteira cabe no barulho da minha risada.
— Trapaceira. — digo, deliciado.
— Tática. — corrige, com a ponta roçando minha pele — Você disse “sem armas”, eu disse “só instinto”. Meu instinto achou uma arma. E o seu?
— Meu instinto está ocupado olhando você me vencer… — confesso, sincero — e gostando.
Ela recua um centímetro a ponta de madeira, como quem concede, e desce a boca na minha, agora sim, sem meia medida. Beijo que começa como troféu e vira necessidade.
Seguro a nuca dela com uma mão, a base das costas com a outra, e devolvo. Ela solta a espada de treino, que cai ao lado com um som seco, e usa as duas mãos para me manter onde me quer, embaixo, mas não menor.
O beijo muda. É derrota e triunfo, raiva e refrigério. Eu mordo de leve, ela morde de volta. Deslizo a mão para a coxa dela, puxo, marco sem ferir. Ela responde com um gemido curto que poderia ser ordem. Sigo. A areia cola no cotovelo, a tocha m