Flávia
Estar apaixonada é tão bom.
Eu já conhecia esse sentimento… mas revivê-lo agora, depois de tudo o que passei, tinha um sabor diferente. Mais maduro, mais calmo, mais profundo. Era um amor que não vinha para apagar o passado, mas para iluminar o presente.
Estava sentada no sofá, com uma foto minha e de Bruno nas mãos. Acariciei a imagem com os dedos, sentindo um misto de saudade e gratidão. Nós fomos felizes. Eu o amei com tudo o que tinha — e uma parte de mim sempre vai amá-lo.
Mas agora… agora o meu coração batia por outro alguém. E isso não era desrespeito. Era vida.
Suspirei fundo. Levantei-me e caminhei até a estante onde ficavam algumas fotos nossas. Peguei cada uma com carinho. Algumas eram só dele. Outras, nossas. Aquelas em que estávamos abraçados, sorrindo, apaixonados… doeram um pouco mais.
Mas eu sabia o que precisava fazer.
Fui até o quarto, peguei uma caixa bonita, forrada de azul por dentro, e comecei a guardar tudo ali. As fotos românticas, os bilhetes, as lembra