O hospital parecia menor do que Noah se lembrava.
Não porque os corredores haviam encolhido, mas porque agora ele estava do outro lado — do lado de quem espera, de quem é observado.
Entrou com a mochila nas costas, o celular desligado e o nome dele escrito numa pulseira de identificação.
Clara caminhava ao lado, tranquila.
Sem tentar suavizar o ambiente, sem diminuir o que ele sentia.
Apenas... presente.
No quarto, deixaram a luz baixa e a janela semiaberta.
O cheiro de desinfetante era o mesmo.
Mas ali dentro, o tempo andava devagar.
Ele se sentou na cama com os pés ainda no chão.
— Vai ser só uma noite, certo? — perguntou, mais para confirmar a si mesmo.
— Exames e mapeamentos — respondeu Clara. — Amanhã à tarde você tá livre.
— Ou preso a um diagnóstico.
Ela olhou pra ele com calma.
— Seja o que for...
a gente vai junto.
Ele assentiu, e, pela primeira vez, não tentou ser forte.
Mais tarde, Elias passou para vê-lo.
Trazia um café ruim e um sorriso cansado.
— Fui rever o prontuário d