Bruna segurava a boneca, fingindo não ouvir.
— Mamãe, vamos embora.
— Eu levo vocês.
Vanessa recusou:
— Não precisa, nós chamamos um carro.
Helder não insistiu, apenas as acompanhou com o olhar enquanto saíam.
Na manhã seguinte, Helder apareceu no saguão do hotel, com flores e doces nas mãos, esperando por Vanessa e Bruna.
— Bom dia, vocês têm tempo hoje? Vamos comer alguma coisa.
— Desculpe, não tenho tempo. — Vanessa recusou e puxou Bruna para sair. Helder também não insistiu, apenas ficou parado, olhando para as costas delas.
Ele sabia muito bem que Vanessa não o perdoaria tão facilmente.
Mesmo assim, Helder não se desanimou, tampouco desistiu.
Todos os dias, ele foi ao hotel de Vanessa esperar por ela e Bruna.
Cada vez trazia algo diferente, acreditando firmemente que uma hora encontraria o que elas gostassem.
Todas as vezes Vanessa recusava, mas a atitude de Bruna para com ele começou a mudar.
— Mamãe, o tio veio de novo. — Bruna viu Helder com um enorme urso de pelúcia nos braços