Amelie
Não demorou para que Arthur me trouxesse comida. Não tinha carne dessa vez, mas o feijão com batatas assadas estava quente e cheiroso.
— E Willian, onde está? — perguntei antes de trazer uma colherada à boca.
— Foi trabalhar.
Trabalhar… era realmente intrigante. Eu não entendo como isso funciona. Arthur desviou o olhar quando o encarei.
Isso me causou incômodo, ele nunca se comportou desse jeito. Inclusive, eu admirava muito a sua confiança e alegria.
Eu não queria sentir isso, não queria me preocupar, mas agora que estou pensando com mais clareza, percebo que meu sentimento não mudou em relação a nós três.
Isso me deixa com um grande conflito, pois ao mesmo tempo que desejo fugir desses dois monstros, desejo deitar Arthur sobre meu colo, acariciar seus cabelos e dizer que está tudo bem.
Mesmo que não esteja.
Terminei de comer em silêncio, mas não consegui evitar o incômodo por Arthur estar daquele jeito. Minha luta para ignorar estava sendo em vão.
— Por que fizeram isso? Po