Ela é minha. Minha e do meu irmão
Arthur
Seu rosto enrubesceu e quis beijá-la ali mesmo no meio da rua, diante daquelas pessoas.
Essa era a minha expressão favorita na face de Amelie. Timidez. Ela ficava mais bonita assim e se ela pudesse se ver, iria concordar comigo.
A única coisa ruim era que os outros também estavam vendo algo que somente meu irmão e eu deveríamos ver. Não gostava dos olhares cobiçosos sobre ela, eu quase podia ouvir os pensamentos sujos desses homens.
Isso despertava-me um desejo insano de matá-los, claro, antes de trancar Amelie em um quarto. Porque, afinal, ela é minha. Minha e do meu irmão.
Eu soube disso no momento que a vi e seu cheiro chegou às minhas narinas.
Naquele dia, todas as agressões do meu pai foram irrelevantes diante daqueles olhos claros como os de um anjo.
No fim, foi justamente ela o anjo que nos salvou.
Amelie é doce, não só em seu sabor, mas em seu coração. Ela é especial, bondosa e dedicada. Aos meus olhos, seu único defeito era nos negar, no entanto, estávamos conseguin