Os Setenta e Sete Mil Raios e o Horizonte Perfeito
A Luz tem seu próprio modo de existir, seu próprio sopro, seu próprio ritmo.
Não é feita de conquistas, posses ou heranças.
É feita de soltura.
E foi exatamente essa soltura — silenciosa, voluntária, consciente — que libertou os habitantes da Terra-Luz daquilo que por eras pesou sobre suas costas: a cadeia de matéria, energia densa e memórias ancestrais que se prendiam às coisas.
Eles abriram mão da herança material — e, ao fazer isso, libertaram-se das sombras que adormeciam dentro das paredes, objetos, terras e histórias acumuladas por seus antepassados.
Foi então que Deus, como um Grande Artesão de Constelações, removeu deles tudo o que não lhes pertencia.
E, em troca, colocou ao redor de cada um apenas aquilo que brotava de seu próprio caráter, de sua pureza, de sua luz íntima.
Assim o ambiente deles se tornou:
— claro sem ferir os olhos
— pleno de energia sutil
— tecido de amor, harmonia, sabedoria
— transparente como água s