Ele…
Hayla adormeceu ao meu lado no sofá, seu corpo finalmente cedendo ao peso do cansaço, a respiração suave e ritmada contrastando com a tempestade que eu sabia ainda girar em sua mente.
Seus cabelos escorriam sobre o braço do sofá, emaranhados, e sua mão repousava frouxa sobre meu peito, como se, mesmo no sono, buscasse um porto seguro.
A luz fraca do abajur banhava seu rosto, suavizando as linhas de tensão que horas antes a faziam parecer tão frágil, tão exposta.
Eu queria protegê-la, blindá-la contra o mundo, mas a verdade era que o perigo estava mais perto do que eu gostaria de admitir.
Meus olhos pesavam, implorando por descanso, mas o sono era um luxo que eu não podia me permitir.
Minha cabeça estava a mil, um turbilhão de pensamentos sombrios girando em torno de uma única certeza: alguém estava brincando com ela, e eu não ia deixar isso continuar.
A boneca degolada, o sangue falso, o cartã