Ela…
O silêncio entre nós não é desconfortável.
Pelo contrário, é como um abraço silencioso, como se Klaus entendesse tudo que estou sentindo sem que eu precise dizer uma única palavra.
E isso me assusta.
Eu nunca fui boa em depender de ninguém.
Desde pequena aprendi a segurar as pontas sozinha, a me erguer mesmo quando o chão parecia ruir sob meus pés.
Mas agora, sentada ao lado dele, sentindo seu calor, seu cheiro, sua presença tão firme, tão real… eu quero me permitir.
Mas será que posso?
Minha mente está um caos.
O presente horrível que recebi ainda está fresco na minha memória.
A boneca degolada, o sangue falso, a ameaça velada… alguém está jogando comigo, testando meus limites.
E Klaus faz parte disso agora.
Eu queria que ele estivesse longe de tudo isso, longe de mim e do perigo que me cerca. Mas ao mesmo tempo, não quero que vá embora.