Ele…
Eu não esperava encontrar ninguém no quarto de Hayla quando entrei, mas a cena à minha frente foi suficiente para transformar o meu dia, que já não era dos melhores, em algo insuportável.
Um homem alto, elegante demais para o ambiente estéril de um hospital, estava sentado à beira da cama de Hayla, com um sorriso que, na minha opinião, parecia deslocado.
— Doutor Klaus! — Hayla exclamou ao me ver.
Doutor Klaus?
O que eu estava perdendo.
Por que a formalidade?
O que havia mudado?
Sua expressão parecia um misto de surpresa e algo que eu não consegui identificar.
Talvez culpa?
Sei lá, o ser sorridente ao lado da sua cama parecia muito à vontade para o que quer que ele fosse.
Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, o homem virou-se para mim, avaliando-me de cima a baixo como se eu fosse um intruso.
Sua atitude queimou dentro de mim de uma maneira intensa demais, mas não deixei que ela viesse a tona.