Ele…
O navio sumiu, levando com ele o pouco de esperança que restava.
Hayla estava abatida, mais do que nunca, e não era difícil entender por quê.
Eu podia ver a exaustão em seus olhos, a raiva, o desespero.
E, pela primeira vez em muito tempo, me senti responsável por algo além de mim mesmo.
Talvez fosse o jeito como ela segurava o peso daquela derrota, como se o mundo estivesse contra ela, e eu fosse apenas um espectador.
Mas não podia continuar assim.
Não queria.
Enquanto ela permanecia sentada, o olhar perdido no horizonte, comecei a andar pela praia, a mente girando.
Precisávamos de algo mais.
Outra tentativa.
Uma forma de sermos vistos, notados.
A ideia surgiu repentina, quase simples demais: um SOS feito de fogueiras.
Um gesto básico, mas talvez fosse suficiente para chamar a atenção de um outro navio ou avião.
Voltei para perto dela, a areia afundando sob meus passos.
Ela mal notou minha aproximação até que comecei a reunir pedaços de madeira espalhados pela praia.