Autora…
O fim do turno de Klaus não trouxe o alívio habitual.
Depois de horas em cirurgia, exausto e ainda com o peso dos pensamentos sobre Hayla, tudo o que ele queria era dirigir até a casa dela — ou ao menos enviar uma mensagem sincera, mesmo que curta.
Mas assim que dobrou a esquina do hospital e avistou seu carro, seu corpo travou.
Ela estava ali.
Encostada na porta do motorista, como quem pertence ao espaço.
Pernas cruzadas, óculos escuros e um sorrisinho debochado de quem sabe que está onde não devia estar — mas não se importa.
Tânia.
— Que droga — murmurou Klaus, rangendo os dentes.
Não tinha forças para ela.
Nem paciência.
Muito menos tolerância.
Mas não poderia fingir que não a viu, não com ela plantada feito um espantalho de luxo ao lado do seu carro.
Ele se aproximou com passos duros, o jaleco ainda sobre os ombros, a expressão completamente fechada.
— O que você quer, Tânia?
— Boa noite para você