Ele…
A cozinha ainda estava quente com o resquício de nossa proximidade, o ar denso com o perfume da pele dela e o zumbido suave da geladeira.
Hayla estava encostada na bancada, seu corpo macio e maleável em meus braços, a respiração se estabilizando enquanto permanecíamos no silêncio após a intensidade que compartilhamos.
Seus dedos traçavam padrões preguiçosos em meu peito, o toque me ancorando, mas havia uma mudança nela — uma tensão sutil nos ombros, um brilho de algo assombrado em seus olhos que não estava lá momentos antes.
A paixão que nos consumiu ainda estava viva, mas agora estava entrelaçada com algo mais pesado, algo não dito.
Afastei uma mecha úmida de cabelo de seu rosto, meu polegar demorando-se em sua bochecha, sentindo o calor de sua pele sob o rubor de nosso fervor anterior.
— Hayla — murmurei, minha voz baixa, cuidadosa para não quebrar o momento frágil — Você está aqui comigo, mas… não está totalmente aqui. O que está acontec