Autora…
Era hora de enfrentar seus silêncios.
Seus medos.
Tudo o que sempre evitou encarar.
E assim ela voltou a se sentar na mesma poltrona da semana passada.
E começou a verbalizar o que nunca teve coragem de fazer.
Ela passou toda a gestação sozinha.
Não por opção, exatamente, mas por incapacidade de dividir aquela dor com alguém.
O trauma ainda estava fresco demais.
As palavras, trancadas em algum lugar fundo demais.
Nem seus pais.
Nem suas amigas.
Ninguém.
Hayla, com sua habitual elegância contida, continuou frequentando as aulas, entregando trabalhos, fingindo sorrisos.
E por ser magra, quase não teve barriga.
Um pouco de inchaço nos últimos meses, que ela escondeu com casacos largos, bolsas grandes e silêncios ainda maiores.
Aos sete meses e meio, sentiu que algo não estava certo.
Não era dor, exatamente.
Era intuição.
Uma ausência estranha de movimento.
O bebê, que até então h