Ele…
O telefone tocou em um horário incomum.
O número do senhorio do prédio da Hayla piscava na tela.
Eu atendi antes do segundo toque.
— Doutor Klaus? Me desculpe pelo horário… mas a senhorita Hayla… ela… está gritando. Há minutos. Ninguém consegue fazer nada. Não atende a porta… nem o interfone. É melhor o senhor vir.
Não pensei.
Não hesitei.
Só corri.
Peguei as chaves da moto, o casaco que estava jogado na poltrona e em menos de quatro minutos, a rua em frente ao prédio estava atrás de mim.
O vento cortava meu rosto, mas meu peito ardia muito mais.
Usei meu acesso ao apartamento — o mesmo que Hayla havia autorizado tempos atrás, ainda nos tempos em que confiávamos um no outro como dois soldados no campo.
Agora… talvez ela nem lembrasse disso.
Ou talvez... nem me quisesse ali.
Mas naquele momento, eu precisava estar.
Assim que a