Ela…
A sala estava mergulhada em silêncio, exceto pelo som do relógio, que parecia martelar o tempo contra meus pensamentos.
Depois da conversa que tivemos, meu pai me chamou para ficar alguns dias aqui com ele e acabei aceitando.
Aqui sempre foi meu refúgio em meio tantas situações.
E assim resolvi ficar.
O sol entrava tímido pelas cortinas brancas da casa do meu pai.
Eu estava sentada na poltrona ao lado da janela, com uma xícara de chá nas mãos, ainda com os dedos trêmulos, mesmo que o pesadelo já tivesse passado.
Klaus chegou.
Eu soube antes mesmo da porta bater.
Não sei explicar como.
Mas soube.
A casa pareceu se alterar com sua presença.
Como se o ar carregasse outra densidade, outro peso.
Ou talvez fosse só meu coração, que ainda não sabia o que fazer com ele.
Ele entrou devagar, os olhos marcados por noites em claro, pela guerra que travou por mim.
O mesmo homem que invadiu aquele galpão como um e