Ela…
Eu me virei para Klaus, ajoelhado ao meu lado, e o mundo inteiro pareceu oscilar, como se meus próprios joelhos tivessem virado areia.
O clarão das luzes piscando na ambulância me cegava, mas o calor da mão dele segurando a minha era a única certeza de que eu ainda existia.
— Você vai ficar bem — ele sussurrou, quase para si mesmo, mas alto o suficiente para me alcançar.
Eu quis responder, mas minhas palavras falharam.
O ar parecia feito de vidro, frágil demais para sair pelas minhas cordas vocais.
Mas então, fragmentos de um sussurro escaparam:
— Eu... — minhas convulsões internas fizeram a voz tremer — você chegou.
E ele, sempre ele:
— Eu sempre chegarei — confirmou, fechando os olhos por um segundo, como se guardasse cada sílaba.
— E tenho que cumprir, cada uma das minhas… promessas.
Quando ele terminou, eu me encostei nele.
O ombro dele era um abrigo.
Um pedacinho de terra firme em meio ao terremoto que havia sido minha vida nas últimas horas.
— Eu te sint