Ela…
Era para ser só mais uma noite.
Mais um dia longo, mais uma tentativa de parecer inteira quando, na verdade, tudo em mim doía.
Mais um momento carregado de incertezas com Klaus.
Eu disse a mim mesma que estava cansada de ser vigiada, controlada, protegida — como se minha liberdade pudesse me blindar do mundo lá fora.
E foi por isso, com a voz trêmula de orgulho ferido, que dispensei a escolta que Klaus havia colocado.
"Eu não preciso de segurança nenhuma", afirmei, como se isso fosse verdade.
Agora, sozinha naquele estacionamento silencioso, eu percebia a estupidez da minha escolha.
As luzes oscilavam, projetando sombras inquietas no chão.
O som dos meus saltos ecoava como um alarme disfarçado.
Abri a porta do carro, joguei a bolsa no banco… e então, aconteceu.
Um arrepio.
Um silêncio anormal.
Um frio estranho, diferente de tudo que já senti.
Tentei girar o corpo, mas era tarde demais.
Braços firmes me agarrar