Autora…
O som da porta batendo ecoou pela sala como um trovão surdo.
Hayla permaneceu imóvel por um longo instante, os olhos fixos no espaço vazio onde Klaus estivera segundos atrás.
A taça estilhaçada no chão parecia um reflexo fiel de seu estado interior — estilhaçada, rachada, irreconhecível.
Ela ainda sentia o calor do corpo dele tão perto, a violência dos olhos feridos, a incompreensão sangrando em cada palavra dita.
Klaus, tão racional em sua frieza habitual, havia se perdido num acesso de ciúmes que ela nunca imaginou ver.
A fúria dele não era profissional.
Era íntima.
Era pessoal.
Era dele, por ela.
E isso… doía ainda mais.
Ela se abaixou lentamente para pegar os cacos da taça, mas suas mãos trêmulas não obedeciam.
Uma lágrima escorreu, silenciosa, caindo direto sobre o vidro quebrado.
Tudo estava acontecendo rápido demais. Tudo estava ruindo ao redor.
Ao sair da sala, o corredor parecia mais longo qu