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CAPÍTULO 2 - OS RUSSOS

O elevador da presidência se abre. Senhor Souza caminha rodeado de assessores rumo à sala de reuniões. O diálogo com Jorge começa:

— Onde está Suellen? Quero que ela seja mais participativa nestas reuniões.

Jorge Mascarenhas tranquiliza senhor Souza, enquanto observa alguns relatórios:

—  Suellen tinha compromissos inadiáveis, mas estou ciente de qualquer informação que for necessária. Nós vibramos com muita sinergia.

Senhor Souza retruca:

— Nossa sinergia precisa vibrar é com os russos. Os cossacos estão irredutíveis. As coisas estão ficando confusas em Angola.

Naquela manhã no Centro Empresarial o destino dos projetos da sucursal do grupo Souza em Angola serão definidos. O satélite AngolaSat1 feito pelos russos não gerou o resultado esperado. A disputa pelas telecomunicações do país estão em jogo novamente. O grupo Souza já perdeu a concorrência do cabeamento em fribra ótica no Atlântico para a Índia. Outra derrota será um golpe fatal para a sucursal do grupo em Angola. Senhor Souza conduz a reunião com pulso de ferro.

Roberto, diretor de tecnologia explana a situação:

— Pois bem senhores, a condição imposta pela companhia Russa para a produção do novo satélite AngolaSat2 é que, como não haverá ônus aos angolanos, os contratos e seus custos precisaram ser revistos. Por sua vez, os fornecedores indianos se mostraram irredutíveis na negociação de qualquer termo ou transferência de tecnologia, o que abriu margem para que a corporação Souza assumisse o protagonismo do empreendimento. A proposta já está para análise do Embaixador e dos executivos Russos em Angola. O caminho para nós está aberto, senhores.

Jorge toma a palavra:

— Obrigado, Roberto, suas ponderações quanto aos riscos tecnológicos e custos que serão despendidos em Angola está muito precisa. Senhores, nós temos uma ótima oportunidade para ampliar nossos horizontes. A África se tornou um mercado altamente favorável para investimentos em tecnologia e telecomunicações e Angola é nossa porta de entrada principal. É um país cuja economia se destaca no cenário africano e mundial.

Senhor Souza interrompe:  

— Jorge! Eu quero esse contrato nem que tenhamos que atravessar o oceano em uma canoa. Eu não vou admitir outro fracasso, como aconteceu com o cabeamento em fibra ótica do Atlântico. Coisa que até hoje não entendo como aconteceu. O acordo político estava todo concluído.

Jorge controna a situação e explica:

— O ambiente politico naquele país é conturbado Senhor Souza. As lideranças políticas são imprevisíveis. Mudam de rumo a toda momento, mas isso não vai acontecer novamente. Apesar de que, de maneira objetiva, os custos oferecidos por nós não foram o esperado pelo governo.  Quanto aos questionamentos técnicos dos russos, nossa sucursal em Angola agora possui os melhores profissionais daquele país. O próprio Presidente de Angola interveio na escolha. Recebi a informação de que o Diretor de Tecnologia de Informação é jovem e notável. A coordenação do projeto do satélite está a cargo dele, e não temos dúvida que os Russos irão aprovar. O maior problema com os Russos ainda é insistirem na presença pessoal do senhor em Angola, à frente das discussões e negociações políticas. Eles não abrem mão disso. Eu me coloco à disposição para ficar lá, se o senhor quiser.

Senhor Souza coloca as mãos cruzadas sobre a mesa e pondera:

— Não, Jorge. Os Russos são tradicionais e ortodoxos. Você ainda não se casou com Suellen. Eu entendo de negócios, mas estou velho. E não tenho intimidade com toda essa tecnologia moderna. Vou mandar Suellen assumir a sucursal em Angola. Além de satisfazer os Russos com a presença da minha filha, será uma boa experiência para ela.

Jorge olha empolgado:

— Perfeito, senhor Souza. Ótima solução. Será bom eu e Suellen observarmos o desenvolvimento dos projetos de perto, no outro lado do Atlântico.

Senhor Souza olha com ar de desaprovação:

— Eu disse que Suellen assumirá. Você não vai a lugar nenhum! Preciso de você aqui comigo.

Jorge recua com expressão de submissão e obediência: — Sim senhor. É uma ótima idéia, de qualquer forma.

A reunião termina e Jorge envia uma mensagem no celular para Suellen:

J: Oi meu bem. Parabéns!

S: Oi Jorge, Parabéns por quê?

J: Você foi promovida meu docinho.

S: Promovida onde?

J: Na empresa querida. Acabei de sair da reunião da diretoria.

S: Affff Jorge, resolvem as coisas e não me consultam? Promoção de quê?

J: Foi decisão direta de seu pai.  Você vai ser a Presidente da sucursal em Angola. Olha que beleza docinho - de gerente departamental para Presidente de sucursal. Carreira meteórica!

S:Puta que pariu Jorge. Você tá de brincadeira? Ficaram loucos de vez??? O que é que eu vou fazer na África? Treinar para disputar Maratona? Meu Deus você só pode estar de brincadeira! Eu tenho uma vida social aqui, sabia disso?????? O que é que eu vou fazer naquele fim de mundo???? Affff Vou falar com meu pai. ATé

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