A sala de ultrassom era fria, como todas as outras que Isabela havia frequentado desde o início da gravidez. Mas, naquela manhã, o frio no ar era diferente do frio que sentia no estômago. Não era medo. Era ansiedade. Era emoção. Era o pressentimento de que tudo mudaria mais uma vez.
Ela apertava a mão de Lorenzo com força enquanto a médica preparava o gel e ligava o aparelho. A tela azulada começou a ganhar forma conforme a sonda deslizava pela barriga arredondada de Isabela. E então, o som mais bonito do mundo preencheu o silêncio: o coraçãozinho da filha deles.
— Aqui está… — disse a médica, sorrindo. — E parece que já está grandinha, viu? Muito bem formada.
— Está tudo bem com ela? — perguntou Isabela, com os olhos marejados.
— Tudo ótimo. E… querem saber o sexo?
Lorenzo olhou para Isabela com um sorriso largo.
— Quer saber?
Ela respirou fundo e assentiu.
A médica virou a tela um pouco mais para eles.
— Olha aqui... — ela apontou com um clique rápido. — É uma menina!
O coração de I