O oitavo mês chegou como uma avalanche. Isabela sentia o corpo mais pesado, os pés inchados, a coluna dolorida. Dormir era um desafio. Comer, outro. E as emoções… essas estavam à flor da pele.

Mas nada disso importava quando ela sentia os movimentos da filha dentro dela. Valentina já tinha um ritmo próprio. Às vezes mais agitada, às vezes tranquila, como se escutasse as músicas country que a mãe colocava para relaxar.

Lorenzo não desgrudava dela. A cada contração de treino, ele quase chamava uma ambulância. A cada suspiro diferente, já queria ir ao hospital.

— Amor, não é agora — ela dizia, tentando conter o riso. — Ainda falta um mês!

Mas o destino, como sempre, gostava de surpreender.

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Era uma manhã cinzenta e chuvosa de terça-feira. Isabela acordou com uma pontada forte na parte baixa do abdômen. Diferente de todas as outras vezes. Uma dor surda, quente, que se espalhava pelas costas.

Ela levantou, tentou andar... e sentiu algo escorrer pelas pernas.

— Lorenzo… — chamou, com a v