Enquanto Lorenzo se movia com precisão, reunindo aliados e informações, Cassio começava a sair das sombras. A primeira movimentação veio sutil: um carro preto, com vidros escurecidos, parado do outro lado da rua, em frente à escola onde Valentina estudava. Não era o tipo de carro que passava despercebido — era grande demais, escuro demais, silencioso demais.
A coordenadora da escola, desconfiada, anotou a placa e informou a segurança. O carro partiu antes que alguém pudesse se aproximar. Valentina não viu, mas Isabela foi chamada no mesmo dia.
— Dona Isabela, pode ser só coincidência... — disse a diretora — mas achamos melhor a senhora saber.
O coração de Isabela disparou. No mesmo instante, ela ligou para Lorenzo, que estava em reunião com Fabiano.
— Um carro suspeito na escola da Valentina — ela disse, sem rodeios. — Com vidro fumê, parado tempo demais.
— Droga — murmurou Lorenzo. — Ele está testando os limites. Medindo o terreno. Começou.
Cassio era meticuloso. Não atacaria de imed