Com as emoções mais estáveis dentro de casa e a conexão com Isabela e as meninas se fortalecendo a cada dia, Lorenzo sabia que havia um limite para essa calmaria. Por mais que a presença dele fosse um alicerce importante para a segurança emocional da família, a ameaça de Cassio não diminuía. E a qualquer momento, tudo aquilo que ele vinha reconstruindo poderia ruir. Era hora de agir.
Na manhã de segunda-feira, antes mesmo do sol nascer, Lorenzo deixou um bilhete para Isabela ao lado da cafeteira: “Volto antes do jantar. Não se preocupe. Tudo sob controle. L.”
Vestiu-se com roupas discretas, o velho sobretudo de couro que o acompanhara em outros tempos, e pegou o carro rumo a um endereço no sul da cidade. Era um prédio antigo, de fachada cinza, onde funcionava um pequeno bar clandestino — uma fachada para encontros de negócios velados. Lá, ele reencontraria um aliado do passado: Fabiano, conhecido como “Rato”.
Apesar do apelido, Fabiano era confiável. Tinha saído da máfia quando Lorenz