KILLIAM
Pensei que seria fácil manter distância, fingir que não sentia o nosso laço. Mas, quanto mais eu ficava perto dela, mais impossível se tornava resistir.
Cada vez que ela me lançava aquele sorriso distraído ou esbarrava em mim sem querer, o laço pulsava mais forte, como uma corrente elétrica sob minha pele. Eu fingia ignorar, mas por dentro... por dentro, eu já era dela.
Antes mesmo de descer para abrir as portas do restaurante, eu já sabia que ela estava lá. Um aroma sutil e inconfundível me atingiu.
Rosas, orquídeas e um toque doce de baunilha. Era o cheiro dela. Suave e marcante, como se deixasse sua própria marca no mundo.
Terminei de descer as escadas e observei que ela estava na cozinha. Respirei fundo, ajustando a camisa e empurrei a porta lentamente. A estrutura rangeu levemente, denunciando meu movimento.
— Você não precisava se levantar tão cedo — falei, tentando manter o tom leve ao cruzar a porta.
Ela se virou devagar, surpresa com minha presença, mas com um pequeno