O dia amanheceu diferente. Eu podia sentir isso desde o momento em que abri os olhos. Ainda havia o cheiro do perfume de Manu no travesseiro ao lado, o mesmo que me acompanhou durante toda a noite — e que, de algum modo, me fez dormir em paz pela primeira vez em anos.
Enquanto tomava café, olhei novamente para o envelope do ultrassom sobre a mesa. O pequeno contorno impresso em preto e branco era quase irreconhecível para alguém de fora, mas para mim… era a prova de que algo dentro de mim ainda sabia amar.
Guardei a foto na carteira antes de sair. Eu queria tê-la comigo — não apenas como lembrança, mas como amuleto. Como promessa.
O trânsito de Londres fluía lento, mas nem mesmo as buzinas impacientes me irritaram naquele dia. Eu tinha a sensação de que o mundo inteiro girava em um ritmo diferente. Que, pela primeira vez em muito tempo, tudo parecia… certo.
Quando entrei na sede da empresa, meus funcionários pareciam notar a diferença. Cumprimentaram-me com sorrisos discretos, talvez