MELINA
Mesmo tendo se passado cinco dias, meu corpo ainda carregava as cicatrizes finas no tornozelo esquerdo. Não havia mais correntes, mas ainda não era o suficiente para me sentir livre.
A cabana era minha nova prisão e o Alfa, agora cuidadoso e paciente, ainda era meu carcereiro.
Amarok passava boa parte do tempo fora, caçando, trazendo comida e colhendo ervas frescas para fazer chá. Quando voltava, me tratava com uma delicadeza desconcertante e a mesma mão que antes me dominava com força, agora me oferecia tigelas de sopa quente e chá.
O silêncio desconfortável ainda reinava sobre nós, mas depois de eu quase morrer por causa de uma infecção, algo no olhar e nas atitudes do Alfa tinha mudado.
Então, essa manhã, me sentindo revigorada e disposta a voltar a lutar com unhas e dentes por minha liberdade, decidi agora de última hora que iria começar o meu plano diabólico.
Eu iria seduzir Amarok e fingir que tinha aceitado ele como meu marido e, quando ele abaixasse a guarda, finalment