Lucian partiu um dia depois, confirmando que a nossa aliança estava firmada. Logo em seguida, Miranda teve a ideia de um baile de lupinos, para atrair mais aliados à nossa causa. Uma ideia que começou a ganhar forma rapidamente.
Eu aproveitei a oportunidade para passar ainda mais tempo com Cassian. Íamos quase todos os dias ao acampamento. Ele não gostava de me ver ali, eu sabia, mas não recuava. Passava horas cuidando dos feridos, ajudando como podia, mesmo debaixo dos olhares pesados que ele lançava quando me via entre os lobos machucados.
As coisas entre nós haviam se acalmado. Não havia carinho, nem afeto, mas também não havia insultos ou brigas desnecessárias. Um silêncio perigoso tinha se instalado entre nós. Era como caminhar em corda bamba.
Eu estava na tenda, tratando de um jovem, quando Lúcia entrou ofegante, jogando-se numa cadeira.
— Deuses, estou morrendo de cansaço.
Aproximou-se da cama e me entregou um pedaço de comida.
— Não precisa.
— Precisa sim. — devolveu o pão nas