Elara*
O mundo pareceu parar no instante em que aquelas palavras atravessaram o salão. “Filho”. A voz de Beron soara como uma sentença, e Cassian congelou.
Suas mãos continuaram firmes no parapeito, mas seu corpo parecia prestes a desmoronar. Os olhos fixos nos de Beron eram um campo de batalha silencioso — incredulidade, ódio e choque se digladiavam dentro dele.
— Vamos lá, Cassian Midas. — Beron ergueu os braços, como um pai chamando o filho para perto. — Desça aqui, está na hora de conversarmos.
A mandíbula de Cassian se contraiu até estalar.
— Eu não sou seu filho, maldito.
Beron não perdeu o sorriso, mas havia veneno em cada linha de sua expressão.
— Não vamos ficar bravos antes da hora. — Seus olhos deslizaram até mim, e a frieza daquele olhar me atravessou. — Eu gostaria de ter uma conversa civilizada com você.
Cassian cuspiu as palavras como lâminas:
— Eu vou arrancar sua cabeça, desgraçado de merda.
— Não tão rápido. — A voz dele mudou, e de repente as portas do casarão se ab