A manhã mal havia começado quando Allan e Luna partiram em direção ao templo antigo escondido entre as montanhas. O caminho era longo e silencioso, mas o silêncio entre eles não era desconfortável — era intenso, carregado de pressentimentos. Luna sabia que estava prestes a reviver mais uma parte esquecida de seu passado. E algo dentro dela dizia que nada seria como antes depois disso.
Allan apertava o volante com força enquanto seus olhos varriam a estrada, alerta. A presença sombria que cercava Luna estava mais próxima, mais ousada. E ele sabia: o traidor estava se movendo.
— Você está sentindo? — Luna perguntou de repente.
— Sim. O ar está pesado. A floresta parece inquieta. O templo vai reagir à sua presença... e às suas lembranças.
Eles seguiram até chegarem à entrada do templo escondido — um arco de pedra coberto por raízes e musgo, como se a natureza tentasse esconder a existência daquele lugar. Luna sentiu um arrepio percorrer seu corpo assim que seus pés tocaram o solo sagrado