O dia seguinte amanheceu com o céu coberto por nuvens espessas. A brisa estava carregada de umidade e um leve cheiro metálico no ar — um prenúncio de que algo estava prestes a acontecer. Luna acordou com o coração acelerado e uma estranha sensação de estar sendo observada.
Apesar da tensão da noite anterior no templo, ela insistiu em voltar à escola. Precisava manter as aparências e fingir que sua vida era normal. Allan não gostou da ideia, mas compreendia que Luna não podia se esconder para sempre. Mesmo assim, ele a acompanhou de longe, pronto para agir a qualquer sinal de perigo.
No colégio, Luna tentou sorrir para Samantha e Mario, mas por dentro, sentia-se inquieta. Cada olhar, cada sussurro pelos corredores parecia mais afiado, mais carregado de intenção.
Na entrada da sala de aula, Mérida se aproximou.
— Oi, Luna. Dormiu bem? — perguntou com um sorriso simpático, mas os olhos atentos.
— Mais ou menos — Luna respondeu, forçando uma naturalidade. — Só... um pouco de dor de cabeça