Vittorio Bianchi
Caminho com a Heloísa pelas ruas de Nova Iorque e quando passamos pelo antigo prédio onde morei ela para bruscamente.
— O que foi pequena?? — pergunto preocupado, imaginando que ela esteja sentindo alguma coisa. — O bebê está bem?
Lembro que o Augustus me falou que ela não pode ter emoções fortes.
— Sim, meu amor, é só que… Lembra quando você me balançava naquele balanço?
Só então me dou conta que estamos em frente ao prédio onde por muitos anos foi meu lar. O lugar onde a Helô fugia, todas às vezes que seus pais a proibiam de algo.
E essas lembranças me doem, pois lembro que sempre a vi como a filha do Hugo e agora ela é minha mulher.
Por um instante, fico apenas observando Heloísa, perdida nas lembranças da infância. O brilho nostálgico em seus olhos faz meu peito apertar. Aquele balanço, aquele prédio, aquele passado... tudo era diferente agora. Ela não era mais a garota que fugia para minha casa em busca de refúgio. Ela era minha mulher. Minha.
Seguro sua m