— Bianca. — Falei com calma, sem qualquer emoção na voz. — Aqui é um espaço privado de trabalho. Por favor, saia.
— Sair? — Ela soltou uma gargalhada histérica. — Tainá, sua vadia! Você destruiu tudo o que eu tinha. Meu casamento, minha reputação. E agora posa de dona do mundo? Se não fosse por você, eu nunca teria chegado a esse ponto!
O ódio em seus olhos era tão denso que parecia querer me rasgar viva.
— Até o Antônio… Até ele me abandonou por sua causa! Você acha que venceu, não é?
Antes que terminasse a frase, ela avançou contra mim como uma louca, as unhas apontadas diretamente para o meu rosto.
Eu mal tive tempo de reagir quando uma sombra se interpôs diante de mim.
Era ele.
O cliente habitual da cafeteria e verdadeiro dono do ateliê: Rafael.
— Senhora, controle-se. — Disse ele de forma firme, segurando o pulso de Bianca com força e calma.
Bianca gritou, contorcendo-se, tentando se soltar como um animal fora de si.
E então, nesse exato momento, a porta foi novamente escancarada.