Antônio ficou paralisado por um instante. Depois agarrou o colarinho do assistente com força, os olhos completamente arregalados.
— O que você disse?!
O assistente, aterrorizado, gaguejou enquanto tentava respirar.
— S-sr. Antônio… A sra. Tainá… A sra. Tainá desapareceu no topo da montanha. A última pessoa que a viu disse que ela estava perto do penhasco. A equipe de busca encontrou o relógio dela, bem na beira.
— Impossível! — A voz dele saiu rouca, como se se partisse por dentro. — Ela jamais se suicidaria! Ela queria subir sozinha, mas ninguém me avisou. Por quê? Por que ninguém me avisou?!
O assistente engoliu em seco, tímido e quase tremendo.
— Sr. Antônio, eu passei a noite inteira tentando ligar para o senhor, mas o seu celular estava desligado o tempo todo.
Antônio puxou o próprio aparelho às pressas. A tela estava preta e não acendia de jeito nenhum, por mais que tentasse.
Ele virou o rosto bruscamente para Bianca, o olhar frio como uma lâmina.
— Foi você que desligou o meu ce