Ficaram um tempo entre cuidados e carinhos.
Ive parecia procurar motivos para tocar Antônio, ele aceitava, gostava, mas não entendia.
O telefone tocou e a menina atendeu antes que o toque irritasse Antônio.
— Alô, Pati.
— Ive! Eu liguei para o seu pai! Ele está vindo! Eu não podia deixar você com aquele monstro! Ele é perigoso!
Patrícia falou com a voz carregada de autoridade. Aquilo era culpa do pai de Ive.
Ela sabia que Ivan tinha colocado metade da cidade para vigiá-la. E nem era exagero.
O pai comprou os professores, os amigos e até os funcionários do condomínio em que ela estava morando.
Ive fingiu não saber, afinal, estava indo morar sozinha, em outro Estado, mesmo esse sendo o maior medo do pai.
Deixou que o pai fizesse tudo ao seu modo, agora estava arrependida.
Ive massageou as têmporas.
— Tudo bem, Patrícia. Eu não estou fazendo nada de errado.
Desligou o telefone, mas sentiu medo.
Um pânico real, com Ivan não adiantaria tentar conversar, sabia que não.
O pai era ciumento de