A arrogância de Natália se apagou pela metade num instante, mas ela ainda não cedia um passo:
- Você não quer ser internado, mas vai ser, doutor. Peça a internação.
"Eu pensava que, com o temperamento de Douglas, certamente surgiria alguma confusão, mas ele apenas sentou-se tranquilamente, sem dizer uma palavra."
Havia poucas pessoas no balcão de pagamento, e Natália voltou rapidamente com o formulário de internação.
O departamento de internação ficava no prédio dos fundos, em um quarto privativo.
Natália disse:
- Devo procurar um cuidador para você?
- Não estou acostumado a dormir sendo vigiado por estranhos.
- Então eu o deixarei à porta; se precisar de algo, é só chamar.
Natália, já cansada, bocejou.
Douglas olhou com um olhar frio para ela.
- Você acha que eu, com uma concussão, ainda teria força para chamar alguém?
Natália respondeu irritada:
- Uma concussão não te deixa mudo.
Ela foi interrompida antes de terminar, pelo som vindo de fora da porta.
- Douglas.
Era Marta que chegava