Natália estava do lado de fora, sem ouvir nenhum outro barulho, então a pessoa que estava abrindo a porta provavelmente era ela. Assim que Douglas se deu conta disso, seu corpo tenso relaxou instantaneamente.
No silêncio do banheiro, só se ouvia o som da água, que ficava mais intenso à medida que a porta se abria mais, misturado com as batidas aceleradas do coração de Douglas. Ele engoliu em seco, soltando um murmúrio grave:
- Táli...
Ele ajustou a água para ficar quente, mas mesmo assim, o banheiro ainda estava frio como um gelo. Assim que Natália entrou, foi atingida por uma lufada de vapor frio, fazendo ela estremecer violentamente. As noites de novembro na Cidade K já eram frias e nos últimos dias a temperatura havia caído ainda mais.
- Douglas, você vai acabar pegando um resfriado assim. Que tal tomar banho frio daqui para frente? Vai economizar bastante.
Mal ela terminou de falar, Douglas respondeu:
- Estou usando água quente.
Ele parecia completamente tranquilo, sem nenhum sinal