Capítulo 8 Você sabe quem é minha mamãe?
A moça parecia um pouco com a mulher na foto que estava na carteira do papai. “Será que ela é minha mãe?”, O pequeno estava pensando, animado ao ponto de correr para Maria.

Maria, surpresa, encarou-os:

- Quem são vocês? Por que estão aqui?

Por que ela não se lembrava de crianças na mansão da família Alves?

- Tia, você sabe quem é minha mãe? Onde ela está?

Maria piscou, sem entender, e disse:

- Eu não sei quem é sua mãe. Também não sei quem é o pai de vocês. Mas, por que vocês estão aqui? Quem os trouxe?

A luz nos olhos de José escureceu. Ana disse:

- Esta é nossa casa, tia. Por que o papai te trancou aqui?

Ao ouvir isso, Maria estremeceu profundamente. Pai? O pai deles era Eduardo?! Eduardo tinha filhos? Já tão crescidos? E ainda por cima, dois? Ela se esforçou para conter o choque e perguntou com a voz trêmula:

- O pai de vocês... é Eduardo?

- Sim.

Ana assentiu.

Maria cambaleou para trás. Então aquele homem já tinha filhos. Por que seu filho teve que morrer, enquanto os filhos dele com outra mulher estavam vivendo bem? Lembrando-se de seu filho morto no útero, fazia cinco anos, seu coração estava cheio de ódio e injustiça. Os filhos deles eram vidas, mas o dela não era? Por que seu filho teve que morrer? Por quê?

Vendo que a tia à sua frente estava ficando com os olhos vermelhos, José perguntou com cuidado:

- Tia, o que houve?

Maria enrigeceu a expressão.

- Saia!

Embora as crianças fossem adoráveis e agradáveis, sempre que pensava em Eduardo e no filho que ela perdeu, ela não conseguia gostar delas.

Ana, com um pouco de medo, se escondeu atrás de José.

- Tia, só queríamos perguntar se você sabe onde está nossa mãe. O pai nunca quis nos contar, e disse que se nos contasse, a mãe estaria em perigo.

Eduardo protegia bem aquela mulher. Mas, quem poderia ser essa mulher? Julgando pela idade dessas crianças, Eduardo devia ter tido filhos com essa mulher cinco anos atrás. Não era de se admirar que ele não se importava com o filho em seu ventre e até matou seu filho, porque ele já tinha outros filhos. Era a diferença entre gostar e não gostar.

Bom, agora, como escapar era a questão que ela devia considerar. E a vida privada daquele homem, não tinha nada a ver com ela.

Ela olhou para a porta, não sabendo se havia guarda-costas lá fora. José viu através de seus pensamentos e disse:

- Tia, você quer fugir, não é?

Maria não respondeu.

José continuou:

- Tia, se você realmente quer fugir, eu posso te ajudar.

- Me ajudar?

- Vocês não têm medo de que seu pai os castigue?

- Não, o papai gosta muito do José e da Ana, nunca nos castigou.

Ouvindo as palavras inocentes de Ana, o coração de Maria ficou amargo. Se seu filho ainda estivesse vivo, ele provavelmente seria da mesma idade e falaria com ela com uma voz tão doce e inocente. Mas seu filho não teve essa sorte, nem mesmo teve a chance de ver o mundo.

Lembrando-se do incêndio, seu coração doía. Eduardo era realmente cruel. Sendo seus filhos, como ele poderia fazer isso? Pensando nisso, as lágrimas embaçaram seus olhos.

Vendo a tia na sua frente de repente começar a chorar, José disse apressadamente:

- Tia, não chore, eu realmente posso te ajudar a fugir.

Dizendo isso, ele se aproximou do ouvido de Maria e sussurrou algo. Maria ouviu e seus olhos se arregalaram.

Um momento depois.

José e Ana levaram Maria descendo as escadas de maneira despreocupada.

Vendo isso, a expressão do mordomo mudou.

- Meu Deus, como vocês a soltaram? Seu pai vai ficar furioso quando descobrir.

Dizendo isso, ele chamou os guarda-costas para levar Maria de volta.

Vendo os guarda-costas se aproximando, Ana rapidamente fez um sinal para Maria.

José também sussurrou lembretes do lado.

Maria, embora apavorada, ainda conseguiu puxar uma faca de frutas e apontá-la para o pescoço de José.

Ao ver isso, o mordomo ficou aterrorizado.

- Meu Deus, você é muito audaciosa, ousando usar José como refém.

- Todos vocês, recuem, ou eu o machucarei, e vejo como vocês explicarão a Eduardo.

Ana rapidamente agarrou o braço do mordomo, chorando com a voz de uma criança:

- Salve meu irmão, Antônio, salve meu irmão...

O mordomo estava suando em pânico, gritando para os guarda-costas:

- Recuem, recuem agora, José é o filho de Eduardo, ele não pode ser ferido nem um pouco.

Por um momento, todos os guarda-costas recuaram, deixando um caminho claro para Maria.

Maria sentiu um alívio, rapidamente saiu mancando com José como seu refém.

Mas assim que ela passou pelo portão da mansão, ela encontrou um par de olhos vermelhos cheios de raiva.
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