Capítulo 7 Não mostre essa falsidade
- Se você é tão valente, me mate!

Ela detestava essa sensação de confinamento, como estar em uma prisão, que apenas a deixava sentir sufocada e desesperada.

Eduardo a olhou friamente, de repente se levantou e levantou seu tornozelo ferido, então tirou um frasco de medicamentos do bolso.

Percebendo o que ele queria fazer, Maria retirou o pé com força e ironizou:

- Não finja ser tão compassivo.

- Maria!

Eduardo pronunciou seu nome entre dentes, veias pulsantes na testa de raiva.

Maria olhou-o ironicamente:

- Você tem medo que eu morra de dor, e não terá a chance de me torturar mais, não é? Pois então, não vou fazer o que você quer.

- Muito bem! Ótimo!

Eduardo sorriu sarcasticamente e, de repente, jogou o frasco de medicamento nela:

- Você quer morrer? Então morra!

A porta foi novamente fechada com força. Maria olhou para a bagunça no chão, sentindo-se irônica e triste.

Se ele a odiava tanto, então deixe-a se autodestruir. Esse fingimento era realmente ridículo!

...

Noite.

Maria chutava a porta com força, gritando sem parar.

Como aquele homem não a deixava ir, ela faria barulho suficiente para que ele não conseguisse dormir.

Ela acreditava que ele se cansaria e a deixaria ir.

Com esse pensamento em mente, ela chutava ainda mais forte, seus gritos ficando cada vez mais altos.

No quarto das crianças.

José franziu a testa, pensando:

- Parece que papai tem uma relação especial com aquela tia. Talvez ela tenha algo a ver com a mamãe. Vou perguntar a ela amanhã.

Ao ouvir os gritos que soavam como o uivo de um lobo, Ana se agarrou ao braço de seu irmão, com medo:

- Mas eles dizem que a tia é louca, ela realmente poderia ter algo a ver com a mamãe?

- Descobriremos quando perguntarmos amanhã.

...

Dia seguinte.

- Senhor, as crianças... não querem ir para a escolinha.

Logo pela manhã, o mordomo trouxe as duas crianças e disse cuidadosamente a Eduardo.

Eduardo esfregou as têmporas, sentindo-se dolorido. Aquela louca tinha gritado a noite inteira, e ele estava tão furioso que não conseguiu dormir.

Ele olhou pacientemente para as duas crianças.

- Por quê?

Ana apontou com o dedinho, dizendo com voz infantil:

- Na escolinha, sempre fazemos os mesmos jogos, não é divertido, Ana não quer ir.

Eduardo olhou para José.

José ergueu a cabeça, e disse friamente:

- Eu posso fazer os trabalhos da escolinha antes mesmo de a professora ensinar, por que eu deveria ir para a escolinha? É infantil demais!

Eduardo massageou a testa com uma dor de cabeça. Ele, Eduardo, poderia ter tudo o que queria, exceto lidar com essas duas crianças.

Ele engoliu sua irritação e disse gentilmente:

- Não importa o quão simples sejam os trabalhos da escolinha, ou o quão chatos sejam os jogos, vocês têm apenas cinco anos e precisam frequentar a escolinha.

- Eu não quero.

Ana franziu a testa, o rosto cheio de teimosia, parecendo muito com aquela mulher.

Lembrando-se da teimosia daquela mulher na noite anterior, sua expressão gradualmente se escureceu.

Foi quando a empregada trouxe o café da manhã.

O mordomo apressou-se em dizer:

- Senhor, não se irrite com eles. É melhor tomar seu café da manhã. Você ainda tem que ir para a empresa mais tarde, não deve atrasar os assuntos importantes.

Eduardo respirou fundo, como se estivesse suprimindo sua raiva.

Ele escolheu dois sanduíches e um copo de leite, e instruiu a empregada:

- Leve para o sótão.

José, ao lado, moveu seus olhos e rapidamente se aproximou de Eduardo:

- Papai, minha irmã ainda está triste por ser intimidada ontem, podemos não ir para a escolinha hoje?

Ao ouvir isso, Eduardo olhou instintivamente para Ana, e de fato, a pequena estava com os lábios puxados para baixo e os olhos vermelhos.

- Eles sempre dizem que eu não tenho mamãe, eu não quero ir para a escolinha.

Ele estava um pouco irritado, mas vendo a expressão miserável da menina, ele não pôde deixar de se sentir comovido.

Suspirando com resignação, Eduardo disse:

- Tudo bem, então vocês dois fiquem em casa e não corram por aí. Papai vai voltar mais cedo hoje.

- Sim, sim.

- Obrigado papai, você é o melhor.

Ana imediatamente sorriu através de suas lágrimas, enquanto José girava seus olhos brilhantes, sem saber o que estava pensando.

Assim que Eduardo saiu, José afastou o mordomo e levou Ana até o sótão.

Ana perguntou, curiosa:

- Irmão, por que papai trancou a tia no sótão?

José balançou a cabeça, mas foi exatamente por isso que ele achou que aquela tia tinha uma relação incomum com o papai. Talvez ela realmente tivesse algo a ver com a mamãe.

Com esse pensamento, o pequeno se sentiu excepcionalmente animado.

O sótão no topo era remoto, Ana torceu a maçaneta da porta, mas não conseguiu abri-la.

- Irmão, a porta está trancada, não conseguimos entrar.

- Não tenha medo, o irmão tem um plano.

José falou e deslizou uma tampa acima da fechadura, e os botões do cadeado digital apareceram diante deles.

Ana exclamou surpresa:

- Irmão, como você sabia que essa porta tinha um cadeado digital?

Depois de dizer isso, ela parecia desapontada:

- Mas nós não sabemos a senha.

José inclinou a cabeça e pensou:

- O irmão vai tentar primeiro, se não funcionar, vou perguntar ao Antônio.

- Acho que Antônio também não saberá.

Mal Ana acabou de falar, um som suave soou, e o cadeado digital realmente se abriu.

Ana olhou para José com um olhar de surpresa e admiração:

- Irmão, como você sabia a senha? Incrível.

- O irmão também estava adivinhando.

A senha que José digitou era 940207, ele não sabia que era a senha dessa porta, só sabia que tinha visto esse número no caderno de seu pai. Pensando que esse número deveria ser muito especial, ele tentou e inesperadamente abriu a porta.

O sótão estava escuro, a janela já havia sido selada por Eduardo na noite anterior.

Ana estava um pouco assustada e agarrou o braço de seu irmão.

- Irmão, o que nós fazemos se a louca tentar nos bater?

- Não tenha medo, o irmão vai te proteger.

- Quem?

Justamente nesse momento, um grito trêmulo assustou os dois pequenos.

José reuniu sua coragem e procurou o interruptor na parede para acendê-lo.

A luz do dia invadiu instantaneamente o sótão.

Maria instintivamente cobriu os olhos com a mão, demorou um pouco para se adaptar. Quando finalmente retirou a mão, viu de imediato duas crianças lindas de pé não muito longe.

E quando José viu claramente o rosto de Maria, um traço de surpresa brilhou em seus olhos cristalinos.
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