Eduardo hesitou por um momento, se virando para olhar a mulher que o chamava:
- O que foi?
- Vamos continuar procurando aqueles dois carcereiros? - Perguntou Maria.
- Claro. - A voz de Eduardo era firme. - Eu disse que provaria para você que não fui eu quem causou aquele incêndio.
Nos olhos de Eduardo havia uma determinação e uma obstinação. A verdade em si não era o mais importante para ele. O que realmente importava era a sua inocência, a imagem que ele tinha aos olhos dela.
Maria mordeu o lábio, sem saber o que dizer. Percebendo a preocupação em seu rosto, Eduardo caminhou até ela, segurou seus ombros e falou baixinho:
- Não se preocupe, não vou deixar que você se machuque nesta viagem.
- Mas há mais de uma dúzia de assassinos atrás de nós.
- O que são uma dúzia de assassinos? Eu, Eduardo, posso derrubar todos sozinho. - Seu tom era leve, como se estivesse tentando tranquilizar a mulher.
Maria mordeu o lábio mais uma vez, sem saber o que responder. Ela sabia que, enquanto não provas