Entretanto, ao perceber a expressão dela, irritada e resistente, ele imediatamente se lembrou daquela cena daquele dia.
Uma dor na parte do peito onde ela o havia ferido começou a latejar vagamente.
De repente, ele torceu os lábios, rindo de maneira autodepreciativa.
Afinal, sempre que a desejava, só podia usar a força.
Que ridículo e irônico.
Ele se levantou abruptamente, colocando as mãos na cintura enquanto olhava pela janela, sentindo-se profundamente angustiado.
Maria levantou-se, inclinando a cabeça para olhar para ele.
Vendo que ele não se virava por um longo tempo, ela não pôde deixar de puxar a ponta da roupa dele.
- Eduardo...
- Saia!
Assim que gritou com ela, o homem a afastou com repulsa, acompanhado por um rosnado de desgosto.
Maria recuou um pouco com o grito dele.
Mordendo os lábios, ela abraçou os joelhos e o observou com uma expressão de resignação e obstinação.
Eduardo respirou fundo e virou-se para encará-la.
- Não faça essa cara como se eu estivesse te trata