A floresta ao norte da Dentes de Prata estava silenciosa demais os animais assustados com a estranha movimentação haviam se escondido e nem os pássaros cantavam mais. Entre árvores e raízes retorcidas, um acampamento se espalhava com precisão quase ritualística. Elfos caminhavam de um lado para o outro, silenciosos, eficientes, organizando armas, montarias e pergaminhos. Tudo era feito com disciplina fria, sem risadas, sem distrações. Apesar de, estranhamente, usarem armas medievais e não utilizarem da tecnologia humana, tinham magia, então haviam orbes de luz aqui e ali, caixas flutuando, lâminas que brilhavam estranhamente.
No centro daquele mar de tendas brancas e douradas, erguia-se uma muito maior que as outras. O tecido era espesso, bordado com fios dourados que refletiam a luz. No topo, costurado com orgulho, brilhava o símbolo do sol, o emblema da realeza de Elaris.
A tenda real.
O chefe da guarda empurrou a entrada com cuidado e entrou, curvando a cabeça em respeito imediato.