Durante a sua prisão quem ficou dirigindo a sua empresa foi Henrique seu advogado e amigo ,enquanto ele ficava cada vez mais decepcionado e magoado por Laura não ir visita-lo.
Heitor encostou-se à parede da cela, sentindo a umidade fria se infiltrar por seu terno caro. Um outro detento o observava de um canto, mas não disse nada. A cela era pequena, sem janelas, com uma única cama metálica e um vaso sanitário encardido ao fundo. O cheiro era insuportável.
Ele passou a mão pelo rosto, exausto. Nunca imaginou terminar o dia ali, privado da liberdade, da dignidade, da confiança. O que o torturava mais, no entanto, não eram as paredes sujas ao redor , era o rosto de Laura, seu olhar perdido, a dúvida crescendo em seus olhos.
Ela acreditava nele?
Encostou a cabeça contra a parede e fechou os olhos, tentando se concentrar. Precisava pensar. Precisava entender quem estava por trás daquilo. Karina? Algum inimigo nos bastidores da empresa? Ou alguém ainda mais próximo?
Na sala ao lado, R